sábado, 15 de abril de 2017

words and ideas mat dillanhunty  http://www.atheist-experience.com/archive/AtheistExp-2017-04-09.mp3 55 minutos

domingo, 9 de abril de 2017

apelo emocional

Nunca tive tanta vergonha alheia lendo o "pedido de desculpas" do Zé Mayer. O cara trata o ato dele como uma "brincadeira machista". Oi? Brincadeira? Colocar a mão nas partes íntimas de uma mulher sem permissão da mesma, virou brincadeira? Humilhar e coagir uma mulher na frente de outras pessoas para assim se sentir o fodão, virou brincadeira? Aí ele faz o uso do apelo emocional de se dizer arrependido e usa as mulheres do seu convívio como token para reparar sua ação "Tenho amigas, tenho mulher e filha, e asseguro que de forma alguma tenho a intenção de tratar qualquer mulher com desrespeito; não me sinto superior a ninguém, não sou."(trecho da carta dele)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Muita coisa aconteceu nesse último ano, principalmente nos últimos 3 meses, minha vida mudou de uma forma que não imaginava que iria. Não estou carrasco, frio e calculista como disse que iria, mas devo continuar com minha "promessa" de não me decepcionar novamente, parece que estou fazendo progressos nesse sentido.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

JURO! Jamais me decepcionarei novamente!

E que esse dia fique marcado! Acreditei, fui traído! Esperei, me decepcionei! Hoje foi o último dia, agora nunca mais! Frio, calculista, carrasco! Esse serei eu a partir de agora!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

The Sunset Limited

"Bem, eis a minha confissão,
reverendo.
Anseio pela escuridão.
Imploro pela morte,
a morte verdadeira.
E se achasse que morrendo
encontraria quem conheci na vida,
eu não sei o que eu faria.
Isso seria o derradeiro horror,
o último pesadelo.
Se eu achasse que ia
encontrar minha mãe de novo
e começar tudo outra vez,
só que desta vez sem a perspectiva
de poder esperar pela morte,
isso seria o pesadelo final,
Kafka sobre rodas.
Porra, professor.
Você não quer ver sua própria mãe?
Não, não quero.
Quero que os mortos fiquem mortos
para sempre.
E eu quero ser um deles.
Exceto, é claro, que você
não pode ser um dos mortos,
porque quem não teve existência
não pode ter nenhuma comunidade.
Nenhuma comunidade.
Meu coração se aquece
só de pensar nisso...
escuridão, solidão,
silêncio, paz,
e tudo isso à apenas um
batimento cardíaco de distância.
Não considero
meu estado de espírito
como alguma visão
pessimista do mundo.
Eu o considero
como o próprio mundo.
A evolução não pode evitar
de levar uma vida inteligente
a ter, finalmente,
consciência de uma coisa,
e uma coisa acima de tudo,
e essa coisa é... a futilidade.
Se estou entendendo bem,
você está dizendo
que todos aqueles
que não são idiotas,
deviam ser suicidas?
- Sim.
- Está me gozando?
Não, não estou gozando você.
Se as pessoas pudessem ver o
mundo como ele realmente é,
ver suas vidas
como elas realmente são,
sem sonhos ou ilusões,
não acredito que eles
pudessem dar uma única razão
por que eles não iriam preferir
morrer o mais depressa possível.
Eu não acredito em Deus.
Consegue entender isso?
Olhe ao seu redor.
Não consegue ver?
O clamor e o lamento
daqueles atormentados
tem que ser o som
mais agradável ao seu ouvido.
E eu detesto essas discussões...
O argumento
de um ateísta
cuja única paixão
é insultar interminavelmente
aquilo que ele nega a existência,
antes de mais nada.
Sua sociedade
é uma sociedade de dor e nada mais.
E se essa dor for coletiva
ao invés de meramente reiterativa,
o peso disso
iria arrancar o mundo
das paredes do universo
e enviá-lo aos pedaços e queimando
através de qualquer escuridão
que pudesse ainda
ser capaz de engendrar
até que não sobrasse
nada além de cinzas.
E a fraternidade,
a justiça, a vida eterna?
Meu Deus.
Mostre-me uma religião
que prepara alguém
para o nada, para a morte.
Essa é uma igreja
que eu poderia entrar.
A sua prepara
apenas para mais vida,
de sonhos, ilusões e mentiras.
Se banir o medo da
morte do coração dos homens
eles não viveriam um dia.
Quem iria querer esse pesadelo
a não ser pelo medo do futuro?
A sombra do machado
paira sobre todo prazer.
Todo caminho termina em morte,
toda amizade, todo amor.
Tormento, perda, traição,
dor, sofrimento,
idade,
indignidade,
prolongada doença horrível...
e tudo isso
com um único fim
para você
para cada um e para cada coisa
que você escolheu para proteger.
Essa é a verdadeira fraternidade,
a verdadeira comunhão.
E todo mundo será
um membro por toda a vida.
Você me diz que meu
irmão é a minha salvação?
Minha salvação?
Bem, então, que ele vá pro inferno!
Vá para o inferno de todas as
formas, aparências e modos.
Eu me vejo nele?
Sim, eu sei.
E o que vejo me enoja.
Você me entende?
Você pode me entender?
Sinto muito.
Há quanto tempo
você se sente assim?
Toda a minha vida.
- Isso é verdade?
- É pior do que isso.
Eu não vejo o que
poderia ser pior que isso.
A raiva é realmente
apenas para os dias bons.
A verdade é que restou muito pouco.
A verdade é que
as formas que eu vejo
foram lentamente esvaziadas.
Elas não têm mais
qualquer conteúdo.
São apenas formas...
um trem, uma parede,
um mundo, um homem...
uma coisa suspensa
numa expressão sem sentido
num imenso vazio,
sem nenhum significado
para sua vida,
para suas palavras.
Por que eu iria procurar
a companhia de uma coisa dessas?
Por quê?
Minha nossa.
Então você vê o que é
que você salvou?
Tentei salvar. Ainda estou
tentando, me esforçando.
- Porque que é seu irmão?
- Porque é meu irmão, sim.
É essa a razão de eu estar aqui
em seu apartamento?
Não, é essa a razão
de eu estar aqui.
Você me perguntou
do que eu sou professor.
Sou um professor da escuridão,
a noite em roupa do dia.
E agora desejo a todos o melhor,
mas devo ir.
Fique só mais um pouco.
Não, acabou o tempo.
Adeus.
Podemos falar sobre
outra coisa, eu juro.
Eu não quero falar
sobre outra coisa.
Não sai, professor!
Você sabe o que há lá fora!
Ah, sim.
Certamente que sei.
Eu sei o que há lá fora
e eu sei quem está lá fora.
Tenho pressa de afagar
seu rosto ossudo.
Sem dúvida, ele vai se surpreender
ao se ver tão acariciado.
E quanto me agarrar em seu pescoço
vou sussurrar em
sua orelha velha e seca,
"Aqui estou eu.
Aqui estou eu."
- Agora abra a porta!
- Não faça isso.
Você é um homem bom.
Eu o ouvi e você me ouviu.
Não há mais nada a dizer.
Seu Deus...
deve ter se levantado uma vez numa
manhã de infinitas possibilidades,
e foi isso que ele fez.
Você me diz que eu quero
o amor de Deus. Eu não quero.
Talvez eu queira o perdão,
mas não há ninguém para pedir.
E não há como voltar atrás.
Não há como corrigir as coisas.
Há apenas a esperança do nada.
E eu me agarro à essa esperança.
- Agora abra a porta.
- Não faça isso.
Por favor, abra a porta.
Obrigado.
Adeus.
Professor,
eu sei que você não
quis dizer essas palavras.
Estarei lá amanhã de manhã.
Estarei lá, você ouviu?
Estarei lá!
Estarei lá.
Você sabe que ele não quis
dizer essas palavras.
Você sabe que não.
Você sabe que não.
Eu não entendo por que
Você me mandou para lá.
Não entendo.
Se queria que eu fosse ajudá-lo,
então por que não
me deu as palavras?
Você deu a ele.
E quanto a mim?
Está certo.
Se Você não falar
nunca mais comigo,
Você sabe que
serei fiel a sua palavra.
Você sabe que eu serei.
Você sabe que eu sou bom para isso.
Está bem assim?
Está bem assim?"